Bastidores de Cara Nova

Opa, pessoal! Tudo bom? Enfim migramos para um site de verdade. Então o blog permanecerá on-line, mas desativado, sem novas atualizações.

Porém nosso trabalho continua no site! Se gosta do nosso conteúdo, nos visite sempre na nossa nova casa!

Confira: http://nosbastidores.com.br/

Crítica: Caça-Fantasmas

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Um dos últimos casos de histeria coletiva que acometeu o mundo pop aconteceu com o novo Caça-Fantasmas. O reboot conseguiu angariar o ódio generalizado de muitos ditos “fãs” da franquia original de 1984. Nas sucessivas ondas de desprezo, o primeiro trailer do longa conseguiu a marca recorde de ser o vídeo mais negativado da história do YouTube. Já com a polêmica, o longa se tornou histórico.

Agora, trinta e dois anos depois que o mundo conheceu os Caça-Fantasmas originais, temos uma nova geração de caçadoras chegando aos cinemas. Mas será que se trata de uma obra tão péssimo como tantos acreditam? Não, na verdade é uma excelente comédia.

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Crítica: O Sangue dos Elfos – A Saga do Bruxo Geralt (Livro 3)

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Após escrever dois livros de compilação de contos sobre o bruxo Geralt de Rívia, Andrzej Sapkowski partiu para um território técnico inexplorado na saga até então: um romance completo. Depois de ler os contos, importantíssimos para entender a história de O Sangue dos Elfos, é muito improvável que restem dúvidas do talento e criatividade de Sapkowski em criar universos fantásticos e épicos repletos de histórias rápidas, cativantes e muito divertidas.

A qualidade apresentada em O Último Desejo e A Espada do Destino é tão monumental que deixaria qualquer leitor ávido para ler mais sobre as aventuras de Geralt. Porém, já tinha receios enquanto essa primeira empreitada de Sapkowski nos romances, afinal contos de pequenas narrativas são muito diferentes de uma aventura que engloba um livro inteiro.

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Crítica: Mais Forte que o Mundo

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Quando 2 Coelhos estreou em circuito comercial em 2011, tanto a crítica quanto o público começaram a prestar atenção no diretor Afonso Poyart, cujo estilo remetia aos cinemas de Guy Ritchie e Quentin Tarantino. Driblando com criatividade um orçamento apertado e desafiando as convenções do cinema brasileiro, que ainda hoje parece temer incursões assumidas no cinema de gênero, o jovem cineasta impressionou pelo uso bem dosado de cultura pop, efeitos especiais, movimentos de câmera inventivos e uma narrativa que brincava com os clichês dos filmes de ação. O sucesso do projeto o catapultou para Hollywood, onde dirigiu o thriller Presságios de um crime, com direito a um elenco estelar que incluía Anthony Hopkins e Colin Farrell. Embora seja um grande salto na carreira, segundo o próprio Poyart, ele teve muito menos liberdade por conta do controle dos produtores americanos, algo que é de fato visível no filme, bem mais contido e convencional que sua estreia na direção.

Talvez isto explique algumas escolhas estéticas adotadas em Mais Forte que o Mundo, cinebiografia do lutador José Aldo que marca o retorno do diretor às produções nacionais, onde, obviamente, encontrou mais liberdade criativa. Talvez até demais.

É importante enfatizar o quão louvável é a proposta de Poyart, que busca oferecer ao público algo diferente, não se conformando com os limites imaginários que nossos cineastas invariavelmente impõem a si próprios. Por este prisma, pode-se dizer que se boas intenções fossem garantia de um bom filme, Mais Forte que o Mundo decerto faria por José Aldo o que Touro Indomável fez por Jake Lamotta. Mas não é o caso.

Da precária vida que levava nas periferias manauaras até o reconhecimento como um dos maiores lutadores de MMA, o filme retrata a trajetória do protagonista através de um frenesi que beira o absurdo. Se no início, quando o foco são os conflitos familiares de Aldo, os incontáveis planos por cena e a montagem fragmentada parecem justificáveis, a partir do segundo ato fica claro que o longa-metragem padece de um grave problema de tom.

Antes mesmo da primeira hora, a experiência de assistir ao filme se revela exaustiva. Cenas onde os personagens simplesmente conversam são filmadas com o maior número de ângulos possível, e, na dúvida de qual usar, a montagem opta por inserir frações de cada um deles. E que fique claro: não se trata de eufemismo.

Seja porque as descobriu ali, no set, e se deslumbrou além da conta, ou porque recebeu algum tipo de patrocínio (ou ainda para pagar alguma promessa, vai saber), Poyart insere tomadas realizadas com GoPro a todo instante e nos lugares mais inusitados – e desnecessários. São momentos que mesclam estranhamento e constrangimento, em um fluxo narrativo confuso e inconveniente. Os raros momentos de trégua deste compasso desvairado acontecem por meio de sequencias em câmera lenta que, por mais visualmente belas que sejam, atestam o quão descabido é a abordagem dada a história. Até mesmo as lutas dentro do ringue perdem o impacto, resultando em um final anticlimático.

E mesmo que o roteiro tenha boas ideias, como evitar ao máximo retratar Aldo como um sujeito infalível e exemplar, o tratamento histérico dado pela direção as desperdiça, assim como o faz com o ótimo elenco. Não importa o quão bem Cleo Pires, Claudia Ohana, Jackson Antunes e Milhem Cortaz defendam seus personagens, já que suas performances são mutiladas e perdem a fluidez na turbulenta montagem.

Talvez o único ileso do grupo seja José Loreto, com sua admirável transformação física. Presente em praticamente todas as cenas, o jovem ator mergulha de cabeça nos conflitos do impetuoso Aldo e impressiona pelo comprometimento.

Contudo, nada chega a redimir o caos narrativo. A impressão que fica é que Poyart se vale do projeto como cobaia de suas brincadeiras estéticas, não se importando muito se são oportunas para aquela história. E nesse sentido o diretor se afasta da malandragem inofensiva de Ritchie e Tarantino, e acaba por se assemelhar mais com Zack Snyder e Michael Bay, cujos filmes são meros pano de fundo para seus cacoetes juvenis tidos por seu fandom como “estilo”. Definitivamente, equivalentes como estes, nosso cinema dispensa.

Nota: ★

Texto escrito por Lucas P. Colaborador do Bastidores.

Crítica: Dark Souls 2

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A continuação de uma das séries mais aclamadas do gênero finalmente estava de volta para as mãos daqueles que amam um bom desafio, Dark Souls 2, lançado em 2014 para todas as plataformas despertou e chamou a atenção daqueles que nunca haviam jogado ou que já acompanhavam a saga Souls. Porém Dark Souls 2 teve inúmeros problemas com sua base de fãs, julgando ter sido um jogo fraco e exagerado comparado aos seus antecessores e também pela perda do diretor Hidetaka Miyazaki responsável pela criação dos últimos títulos da franquia e que, naquele momento, estava trabalhando em Bloodborne, exclusivo para Playstation 4

Em Dark Souls 2 somos apresentados a uma nova região chamado Drangleic. A trama se situa após vários anos depois dos eventos anteriores do primeiro jogo, porém, com objetivos similares e até mesmo na história do game antecessor: ser o escolhido para trazer luz ou trevas ao mundo. Nisso, infelizmente o segundo game acabou encarado como uma grande cópia, já que a história, quase que inteira, fora reciclada.

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